Ações do IRB (IRBR3) sobem após balanço do 2º tri; o que agradou mercado?

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O IRB Re (IRBR3) reportou nesta quinta-feira (14) seus resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25). Às 12h30 (horário de Brasília), as ações do ressegurador subiam 2,09%, a R$ 47,38.

O Goldman Sachs observa que o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do IRB expandiu para 12,3%. O lucro líquido foi de R$ 144 milhões, superando em 27% a estimativa do banco e do consenso em 12%. A instituição destaca que a melhora nos resultados operacionais ocorreu principalmente devido à redução da sinistralidade, apoiada pela liberação de IBNR, o que levou o índice combinado a melhorar para 91%, abaixo dos níveis sustentáveis de curto prazo.

Apesar da receita ter permanecido relativamente fraca, com prêmios ganhos crescendo modestos 2% na base trimestral, o Goldman Sachs interpreta esses resultados como reflexo do foco estratégico do IRB em rentabilidade em vez de crescimento. A instituição ressalta ainda que, embora os prêmios ganhos tenham sido contidos, a margem operacional se expandiu, mantendo sua recomendação neutra e preço-alvo de R$ 48.

A Genial Investimentos, por sua vez, avaliou que a melhora operacional consistente, o fim do ciclo de reestruturação e o ambiente de juros elevados reforçam a perspectiva de continuidade no ganho de rentabilidade do IRB, elevando sua recomendação de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 59,80.

Segundo a Genial, o sólido resultado do trimestre foi impulsionado por forte melhoria operacional da resseguradora, que registrou índice combinado de 90,7% no 2T25, ante 103,7% no 1T25, bem abaixo do breakeven operacional de 100%. A evolução foi sustentada principalmente pela redução significativa da sinistralidade, que atingiu 51,9%, refletindo uma base comparativa mais fraca e foco em contratos mais rentáveis, além da queda de 10 pp na base anual no índice de comissionamento, que ficou em 20,7%, beneficiado pelo encerramento de um contrato específico no segmento de Vida em julho de 2024.

Do lado comercial, a Genial destaca que a dinâmica de prêmios segue enfraquecida no 2T25, refletindo maior seletividade da companhia na subscrição de riscos. Os prêmios emitidos atingiram R$ 1,3 bilhão, pressionados pelo cancelamento de contratos de vida no 3T24, enquanto os prêmios ganhos (receita) tiveram leve alta de +1,7% na base trimestral, mas queda de 17,3% na comparação anual, refletindo o efeito cumulativo do baixo crescimento de prêmios emitidos nos últimos períodos.

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O JPMorgan pontua que o índice de sinistralidade foi baixo, em 52%, com junho registrando 15% – a reversão de IBNR foi de R$105 milhões (contra R$10 milhões no 2T24) e, por segmento, o agronegócio teve o melhor desempenho, praticamente sem sinistros.

Na receita, os prêmios emitidos caíram 6% em relação ao ano anterior, fraco, mas melhorando em comparação aos -13% do 1T25. “Continuamos observando que o mercado doméstico está encolhendo (-15%), enquanto o internacional cresce (+36%), uma combinação que consideramos mais arriscada, pois, em nossa visão, o poder de lucro dos negócios no exterior não é claro”, comenta o JPMorgan.

O índice de comissionamento ficou majoritariamente em linha, enquanto despesas administrativas foram um pouco elevadas. Ainda assim, o índice combinado (critério JPM) foi forte, em 92%, 15 pontos percentuais abaixo do ano anterior e bem abaixo dos 101% do esperado.

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O banco americano manteve recomendação equivalente à venda e preço-alvo de R$ 48.



Fonte Infomoney

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