Minério atinge máxima em uma semana, com suspensão de obra da Rio Tinto na Guiné

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PEQUIM (Reuters) – Os contratos futuros do minério de ferro atingiram o maior valor em uma semana nesta segunda-feira, com a Rio Tinto suspendendo as atividades em seu projeto Simandou, na Guiné, após um incidente, aumentando os temores de um possível atraso no início da produção da mina.

O contrato mais negociado na bolsa de Dalian, na China, encerrou as negociações diurnas com alta de 2,27%, a 787 iuanes (US$110,06) a tonelada métrica, o maior valor desde 14 de agosto.

O minério de ferro, referência para setembro na Bolsa de Cingapura, tinha alta de 2,69%, a US$103,3 a tonelada, o maior valor desde 14 de agosto.

A Rio Tinto, a maior produtora de minério de ferro do mundo, informou no sábado que suspendeu as atividades na mina SimFer, na Guiné, depois que um incidente deixou um trabalhador terceirizado morto.

A mineradora, que é proprietária de dois dos quatro blocos de mineração de Simandou como parte de sua joint venture SimFer com a Chalco Iron Ore Holdings (CIOH) da China e o governo da Guiné, havia previsto o primeiro carregamento de minério de ferro em novembro.

A Rio Tinto não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.

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Para sustentar os preços do principal ingrediente da fabricação de aço, a demanda de curto prazo permaneceu firme, apesar das restrições de produção nas usinas do principal polo siderúrgico chinês, Tangshan, para garantir a limpeza do ar em Pequim, antes de um desfile militar para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial.

A produção média diária de metal quente, um indicador da demanda de minério de ferro, manteve-se estável em 2,41 milhões de toneladas na semana até 21 de agosto, segundo dados da consultoria Mysteel.

“Um acidente recente em uma mina gerou expectativas de verificações de segurança mais rigorosas, que podem reduzir a oferta, sustentando os preços do carvão”, disse um analista de carvão baseado em Xangai, sob condição de anonimato, já que ele não está autorizado a falar com a mídia.



Fonte Infomoney

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