Hoje, os veículos elétricos da Tesla usam um modelo de IA criado pela xAI, de Elon Musk, e apelidado de Grok


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A Tesla produz carros elétricos com foco na tecnologia avançada. E é claro que a empresa de Elon Musk não poderia ficar de fora da “corrida” pela inteligência artificial. De fato, os veículos nos Estados Unidos já usam um modelo de IA criado pela xAI e apelidado de Grok.
O problema é que a tecnologia enfrenta alguns obstáculos legais para ser implementada nas operações da fabricante fora dos EUA, especialmente na China. É por isso que a marca acaba de firmar uma parceria com uma IA chinesa.

Segundo informações da Bloomberg, a Tesla fechou um acordo com a DeepSeek. Um documento citado pela reportagem aponta que a empresa chinesa irá fornecer novas ferramentas de inteligência artificial para os carros de Musk produzidos na China.
Além de servir para superar os obstáculos legais exigidos pela legislação chinesa, a parceria pode ajudar a impulsionar as vendas de carros da Tesla em território chinês. De dezembro a junho deste ano, as comercializações caíram 8,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Empresas concorrentes aproveitaram a queda e ampliaram suas participações no país. O interessante é que algumas delas, caso da Geely. e YD Co também usam a IA do DeepSeek. O recurso ainda está presente em marcas como a BMW.
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Lançamento do DeepSeek foi um marco
- A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
- O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
- Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
- A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
- Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
- E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
- A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
- Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
Fonte Olhar Digital