‘Economist’ vê futuro do petróleo na América do Sul

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Instalação da PDVSA, petróleos de venezuela
Instalação da PDVSA (foto divulgação)

A Venezuela aumentou produção de petróleo em julho, segundo relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgado nesta terça-feira. A petroleira BP anunciou uma enorme descoberta de petróleo no pré-sal, a cerca de 400 km da costa do Rio de Janeiro – a maior descoberta da companhia britânica em 25 anos. Esses dados se somam à expansão da exploração Guiana e ao sucesso da produção da Petrobras no pré-sal e levaram a revista The Economist a publicar matéria com o título “A América do Sul está se tornando rapidamente a área petrolífera mais quente do mundo” (tradução livre).

Trata-se da região de crescimento mais rápido no mundo em petróleo e gás, afirmou à publicação britânica Mark Oberstoetter, da consultoria energética Wood Mackenzie. “Até 2030, projeta-se que a produção aumente cerca de um terço, comparado a um crescimento de um quarto no Oriente Médio e de um décimo na América do Norte.”

Nos Estados Unidos, o boom provocado pela extração de petróleo do xisto, que levou o país a ser o maior produtor mundial, está arrefecendo, com os campos de xisto envelhecendo.

Além do Brasil e da Guiana, a Economist cita o campo de Vaca Muerta, uma formação de xisto no oeste da Argentina. “A produção de petróleo na região cresceu 26% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. As perspectivas são ainda mais promissoras com a construção de um grande oleoduto, prevista para começar em 2027, que deverá transportar cerca de 700 mil b/d até a costa atlântica para exportação.”

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A Venezuela reportou uma produção de petróleo de 1.084.000 barris por dia em julho, representando um aumento de 15 mil barris em relação a junho. Os números diferem das estimativas compiladas por fontes secundárias, que colocam a produção venezuelana em 914 mil barris por dia para o mesmo mês.

Em ambas as medições, o volume alcançado em julho passado supera os níveis registrados em 2023 e 2024, refletindo uma tendência de recuperação da indústria petrolífera venezuelana.

Em relação aos preços, o petróleo bruto de referência venezuelano, Merey, registrou alta, sendo negociado a US$ 58,14 por barril em julho, em comparação com US$ 56,86 em junho.

A produção de petróleo continua sendo fundamental para a economia venezuelana, pois historicamente representa a maior fonte de receita em moeda estrangeira do país. Desde 2017, o setor vinha registrando um forte declínio, que o governo venezuelano atribui às sanções impostas pelos Estados Unidos ao setor.

Opep eleva previsão de demanda global em 2026

A Opep elevou, nesta terça-feira, a previsão de crescimento da demanda global por petróleo em 2026, impulsionada por atividades econômicas favoráveis.

Em seu relatório mensal do mercado de petróleo, a Organização estimou um aumento de 1,4 milhão de barris por dia (bpd) em 2026 em relação a 2025, acima da previsão de 1,3 milhão de bpd do mês passado.

A previsão de crescimento da demanda global por petróleo em 2026 foi revisada para cima impulsionada pela expectativa de melhor desempenho econômico na América, Europa e Oriente Médio.

Para a OCDE, em especial, o crescimento da demanda por petróleo aumentará em cerca de 200 mil bpd em relação a 2025, acima do aumento estimado anteriormente de cerca de 100 mil bpd.

Para 2025, o crescimento da demanda global por petróleo não se alterou, em 1,3 milhão de bpd em relação ao ano anterior, de acordo com o relatório.

Em relação à sua previsão para o crescimento econômico mundial, a Opep aumentou a previsão para 2025 de 2,9% para 3%, citando o “impulso forte e consistente observado no primeiro semestre de 2025”. Para 2026, o crescimento permaneceu inalterado em relação ao relatório do mês passado, em 3,1%.

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Fonte Monitor Mercantil

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