O Goldman Sachs elevou a recomendação para a XP (XPBR31) de “Neutro” para “Compra”, com aumento do preço-alvo para US$ 23. De acordo com a análise, a menor dependência da companhia do desempenho do mercado de ações, devido ao crescimento da receita de renda fixa, foi um dos motivos para a mudança positiva na classificação dos papéis.
Para os analistas do banco, a XP apresenta potencial de valorização caso as taxas de juros caiam mais rápido do que o esperado, além de contar com uma alavancagem operacional mais forte. Por esses fatores, a corretora poderia oferecer um crescimento consistente de dois dígitos baixos. A projeção do Goldman Sachs para o crescimento dos lucros em 2026 é de 16% no cenário base.
Segundo o Goldman, mesmo que a queda dos juros demore mais, as receitas de renda fixa já superaram as de ações como principal fonte da XP. Por isso, em um cenário otimista, a receita dessa divisão poderia crescer 21%. Mesmo no cenário base, a expectativa é de alta de 11%. Além disso, a posição de capital da XP também foi destacada no relatório, com potencial para apoiar recompras de ações e pagamento de dividendos adicionais.
O relatório também revisou a recomendação para a B3 (B3SA3), de “Compra” para “Neutro”. Para o Goldman Sachs, a empresa apresenta espaço limitado para expansão de margem, somado a potenciais riscos decorrentes da concorrência e de processos judiciais. Para que houvesse valorização adicional, seria necessária uma recuperação mais forte no mercado de ações.
O banco não é o primeiro a rebaixar a B3 nos últimos dias. Em relatório publicado na quinta-feira, o UBS BB também cortou a recomendação para os papéis, citando potencial de valorização limitado no futuro. Para os analistas do banco, a alta de 40% acumulada no ano, que já deixa o ativo bem precificado, e o cenário macroeconômico mais desafiador impedem uma visão mais construtiva para o papel no momento.
Fonte Infomoney