Brasil precisará adotar um novo modelo para obter recursos ao crédito imobiliário, diz presidente do BC | Finanças

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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que o Brasil precisará adotar um novo modelo para a obtenção de recursos para crédito imobiliário. Na visão dele, a queda de volume de recursos da poupança é um movimento mais estrutural.

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“A gente vai precisar migrar para um novo modelo de funding. Isso não vai ser feito de um dia para noite, tem que ser gradual. A gente vem discutindo já alternativas de funding se aproximando de captações de mercado para que a gente possa financiar o crédito imobiliário”, disse.

Na CAE do Senado, Galípolo comentou ainda que o Brasil está crescendo mais do que o esperado nos últimos quatro anos e está próximo do pleno emprego. “Quando a gente olha para esse crescimento, a gente percebe nessa tendência que sim, muitas vezes ele explicado pelo esse ganho de produtividade e exuberância de safras do agro, mas não só. A gente está próximo do que a gente pode entender do pleno emprego [no Brasil]”, pontuou.

“Por diversas métricas que você possa medir, mercado de trabalho, nível de atividade de diversos setores, economia brasileira mostra dinamismo excepcional e está bastante aquecida”, acrescentou Galípolo.

O presidente do BC disse ainda que há um destaque para a alta dos preços de alimentos, mas que não é algo pontual e que a inflação está bastante disseminada. “A inflação acima da meta está bastante disseminada, também não é algo pontual. Tanto que a gente olha para o IPCA de segmentos mais voláteis, administrados ou de alimentação a domicílios, a gente consegue enxergar uma inflação que está bastante acima da meta, fora inclusive da banda superior da meta, disseminada em vários produtos”, declarou.

“As expectativas de inflação passam a sofrer desancoragem, é um elemento muito importante na gestão da política monetária o manejo das expectativas de inflação”, disse Galípolo. Segundo ele, essas expectativas já vinham parcialmente desancoradas ao longo de 2023 e crescem para todos os vértices, tanto para 2025, quanto para 2026 e 2027, estando acima da meta. “Você reuniu elementos e fatores para iniciar um ciclo de aperto mais acentuado de política monetária, seja porque está olhando para expectativas, seja para atividade corrente, ou que está próximo ou no pleno emprego, seja também pelo cenário internacional”, complementou.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo — Foto: Ton Molina/Bloomberg
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo — Foto: Ton Molina/Bloomberg



Fonte Agência Brasil

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