O CEO da Elo, Giancarlo Greco, afirmou que, apesar da forte expansão do Pix nos últimos anos, os cartões ainda têm espaço para crescer no Brasil, especialmente em segmentos onde hoje a penetração ainda é muito baixa, como saúde, educação, imobiliário, rural, pagamentos de impostos e compras governamentais, entre outros. Segundo ele, o instrumento vai coexistir com o Pix.
“A indústria de cartões movimentou quase R$ 4 trilhões ano passado. E dá para fazer mais. Acho que com Pix, Drex (real digital), vai haver uma segmentação. O cartão de débito vai ser usado para esse tipo de consumo, por essa indústria, o crédito por aquela outra. A gente sabe que alguns instrumentos têm mais risco que outros, problemas de fraude, mas a ideia é que em algum momento esses instrumentos sejam todos integrados”, comentou durante painel sobre o futuro dos serviços financeiros, na Latin America Investment Conference, promovida pelo UBS.
Pedro Bramont, diretor de meios de pagamento do Banco do Brasil, foi na mesma linha e falou, por exemplo, sobre o uso do celular para recebimento de pagamentos, como se fosse uma maquininha de cartão (“tap on phone”). “Essa é uma das nossas avenidas de crescimento este ano. Com a Cielo, temos uma atuação integrada, podemos oferecer ‘tap on phone’, Pix, boleto, e assim ganhar a principalidade no fluxo de caixa do micro e pequeno empresário”, apontou.
No mesmo painel, Lucas Vargas, CEO da Nomad, abordou a questão da concorrência, com vários bancos e fintechs lançando conts globais nos últimos anos. Para ele, isso tem um lado bom, pois dissemina o uso do produto e a Nomad, que foi uma das pioneiras, acaba surfando essa onda.
Sobre os diferenciais da fintech, Vargas comentou que a diversidade de produtos ajuda a ter um maior engajamento, novas funcionalidades facilitam a jornada e a companhia é ágil em atualizar sua plataforma. “A gente mede a satisfação do usuário, taxa de crescimento, e nos últimos dois anos não estamos vendo um impacto negativo em função da concorrência. Não estou dizendo que não tem impacto, mas a expansão mais acelerada da adoção desse tipo de produto nos ajuda.”
Já André Haui, CEO da BB Seguridade, também abordou a questão da diversificação. Ele apontou que o balcão do BB é e continuará sendo o principal canal de distribuição da companhia, mas que outros vêm crescendo. “Hoje é 90% balcão BB e 10% no resto. Se a gente atingir 80%/20%, estaria bem satisfeito. Nós temos 8,4 milhões de clientes, e o BB tem mais de 80 milhões, então é muita oportunidade de crescimento e para eu despender esforços para um balcão externo tem de valer a pena.”
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Fonte Agência Brasil