
O Brics é o novo “nome do desenvolvimento”, disse o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais Celso Amorim nesta segunda-feira, destacando sua importância no cenário global, bem como seu papel na promoção do desenvolvimento e da paz.
“O Brics é um grupo de países em desenvolvimento que querem prosperidade, mas também querem paz. E acredito que a principal busca no mundo em que vivemos hoje é a busca pela paz, uma paz que seja dinâmica, que não seja mais uma novidade”, disse Amorim.
Em declarações divulgadas pela Presidência, Amorim lembrou que a nação defende a multipolaridade e a cooperação entre os países do Sul Global desde os primeiros governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Nós, digamos, já acreditávamos na multipolaridade, já acreditávamos em um Sul Global, antes que os nomes fossem elaborados e discutidos”, disse ele.
Amorim destacou que a primeira cúpula do Brics, realizada na cidade russa de Ecaterimburgo, em 2009, foi fundamental para a consolidação do bloco. O ex-chanceler brasileiro lembrou que naquela época o grupo era formado por Brasil, China, Índia e Rússia, mas em 2011 a África do Sul aderiu.

Atualmente, o bloco conta com 11 membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia. Os países associados são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Amorim disse que o grupo fortaleceu, assim, as relações entre seus membros e com outros países importantes, destacando que o maior conhecimento mútuo entre os países “facilita muito o comércio, que cresceu enormemente com quase todos os países”. Ele considerou que a existência do Brics também ajuda a equilibrar outras associações, além de sua existência também contribuir para o fortalecimento das relações bilaterais entre esses países.
Ministros de Finanças e presidentes de BCs do Brics se reunirão 1 dia antes da Cúpula, em julho, no Rio
O Brasil exerce, em 2025, a presidência rotativa do bloco. O Rio de Janeiro será a sede do encontro de ministros de Finanças e de presidentes dos Bancos Centrais do Brics em 5 de julho, um dia antes da Cúpula de Líderes.
O encontro da Trilha de Finanças do Brics, copresidido pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central do Brasil, já havia sido confirmado na sexta-feira (21) pela embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. A embaixadora copresidirá a primeira reunião de vice-ministros e vice-presidentes de bancos centrais na Cidade do Cabo, África do Sul, nesta quarta-feira.
Brasília sedia nessa terça e quarta-feira a primeira reunião de sherpas sob a presidência brasileira. Os sherpas são enviados especiais dos chefes de estado/governo dos membros do Brics com a responsabilidade de conduzir as discussões rumo à Cúpula de Líderes. A reunião de sherpas será presidida pelo embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty e sherpa do Brasil no bloco.
Com informações da Agência Xinhua
Fonte Monitor Mercantil