Tecnologia em ritmo tropical impulsiona nova fase da agricultura brasileira

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Em um país onde a agricultura se desenvolveu sob a combinação entre clima imprevisível, solos antigos e desafios crescentes impostos pelo aquecimento global, a inovação deixou de ser diferencial e passou a ser condição de sobrevivência. Veranicos mais longos, ondas de calor e avanço de pragas vêm redefinindo o manejo agrícola, pressionando produtores a tirar mais das áreas já abertas, e a fazê-lo com menor impacto ambiental.

É nesse cenário, em que tecnologia e adaptação se tornaram inseparáveis, que a Syngenta, líder mundial em inovação agrícola, chega aos 25 anos de atuação. A trajetória da empresa acompanha a transformação da agricultura tropical desde o início dos anos 2000, período em que a produção nacional mais que quadruplicou. “Em 25 anos, o mundo mudou, a ciência avançou e a produtividade na agricultura brasileira cresceu mais de 400%. Nosso propósito sempre foi e será o mesmo: inovar para que os agricultores brasileiros produzam alimento, fibra e energia para o mundo”, afirma Carlos Hentschke, presidente da Syngenta Seeds no Brasil.

“Nosso compromisso com a agricultura brasileira é inegociável, e continuaremos investindo em ciência e inovação para desenvolver as soluções que o campo precisa e tudo isso com foco em sustentabilidade”, destaca André Savino, presidente da Syngenta Proteção de Cultivos no País.

Climas extremos

A empresa investe anualmente cerca de US$ 2 bilhões em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Um marco recente foi a criação do Centro de Tecnologia e Engenharia de Produtos da América Latina, em Paulínia (SP), dedicado a adaptar — em detalhes — tecnologias e substâncias às condições da agricultura tropical, onde temperatura, umidade e pressão de pragas variam intensamente ao longo do ano.

Entre essas inovações está a TYMIRIUM® technology, substância desenvolvida para atuar simultaneamente contra nematoides e doenças de solo. Esses organismos, presentes em praticamente todas as regiões agrícolas, podem reduzir a produtividade de 15% a 25%, sobretudo em cenários de estresse hídrico e maior variabilidade climática. A tecnologia integra uma frente mais ampla que reúne soluções digitais, químicos de nova geração e insumos biológicos em expansão.

Agricultura regenerativa

A preocupação com clima e solo também impulsionou programas de restauração produtiva. O REVERTE®, criado pela Syngenta com apoio da The Nature Conservancy (TNC) na definição dos critérios socioambientais, tornou-se referência na recuperação de áreas degradadas com protocolos agronômicos específicos e financiamento de longo prazo.

A iniciativa já mobilizou mais de R$ 2 bilhões em créditos a produtores, reúne 98 clientes e 411 fazendas e soma cerca de 280 mil hectares em processo de regeneração. A meta é recuperar 1 milhão de hectares até 2030 — estratégia que combina expansão de área produtiva sem desmatamento, aumento da fertilidade do solo e maior resiliência climática.

Sustentabilidade como eixo

Em 2024, o Syngenta Group consolidou quatro prioridades globais de sustentabilidade: “mais produtividade com menos impacto”; “regenerar o solo e a natureza”; “aumento da prosperidade rural”; e “operações sustentáveis”, estas últimas incluindo diversidade e inclusão. A agricultura tropical brasileira é vista como central para cumprir essas metas, pela capacidade de produzir em grande escala sem avançar sobre novas áreas.

Ao completar um quarto de século no País, a Syngenta reforça que o futuro da agricultura passa por soluções integradas, capazes de unir eficiência, adaptação climática e conservação. Em um ambiente de maior pressão climática e demanda global crescente, a aposta é que o avanço científico — do solo às tecnologias de proteção e regeneração — será decisivo para sustentar a competitividade do campo brasileiro nas próximas décadas.

Meta

1 milhão de hectares devem ser recuperados até 2030



Fonte ONU

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