O CEO da Housi, Alexandre Frankel, revisitou a própria trajetória, em episódio do Do Zero ao Topo, do InfoMoney, apresentado por Mariana Amaro, para explicar como sua inquietação com tempo, mobilidade e tecnologia resultou na Housi, plataforma que possui conceito de moradia por assinatura.
Neto de imigrantes judeus que “chegaram no Brasil com absolutamente nada”, ele começou cedo: aos 13, 14 anos, já ajudava em plantões de vendas e via clientes “darem a entrada do apartamento com o carro”.
A primeira empresa surgiu no boom da internet, em entretenimento digital. O início foi turbulento: o investidor que havia topado embarcar na jornada com dez aportes iniciais desistiu após o primeiro – e ainda cobrou a primeira de volta. “Tive que fazer dez notas promissórias”, relembrou. Pouco depois, porém, já veio o primeiro acerto: o jogo digital do “Show do Milhão”, via SMS, que permitiu a Frankel vender a companhia por volta dos 22 anos, se capitalizando de maneira relevante.

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Mobilidade
A virada pessoal começou no trânsito de São Paulo. “Eu ficava 5 horas por dia dentro de um carro.” Ao mudar-se para perto do trabalho, Frankel passou a fazer tudo à pé e de bicicleta e escreveu três livros de como viver em São Paulo sem carro.
Dessa experiência surgiu a ideia da Vitacon, incorporadora focada em apartamentos compactos, localização e compartilhamento de áreas. “Vitacon significa construir vida”. O negócio criado em parceria com o irmão Ariel, que hoje é CEO da empresa, enfrentou descrédito de bancos e imobiliárias no começo, mas a tese de mobilidade ganhou tração.
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O surgimento da Housi
Em 2019, nasceu a spin-off da Vitacon, a Housi, a partir de uma constatação: o investidor pessoa física comprava os estúdios e apartamentos compactos da Vitacon para alugar, mas não queria gerir locação, mobília e boletos. A proposta foi transformar moradia em serviço simples, digital e sem burocracia. “99% das nossas locações são online”. O conceito evoluiu para “moradia por assinatura”, com pagamento recorrente e tudo pronto, com Wi-Fi, utensílios e limpeza, por exemplo.
Seis meses depois, porém, a pandemia derrubou a demanda e a receita a “praticamente zero”, mas um piloto de licenciamento de marca e tecnologia com incorporadores explodiu em vendas: “esgotou tudo em um fim de semana”. Isso acabou abrindo mais uma possibilidade de expansão de negócios.
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Modelo de negócio
Atualmente, a Housi opera um modelo asset light, conectando moradores, investidores e uma constelação de serviços dentro dos prédios, como lavanderias, minimercados e até mesmo adega com abastecimento, coworking, entre outros itens. E capturando um take rate sobre o que é transacionado. Segundo Frankel, a companhia deve chegar próximo a R$ 600 milhões de faturamento no ano e “é lucrativa há mais de 3 anos”.
De olho na “economia prateada”, Frankel lançou um produto de Senior Living “no bairro de Higienópolis”, com condomínio enxuto, tecnologia e apoio à longevidade. A ambição, afirma, é gerar tempo e praticidade ao morador, reduzindo custos a ponto de a locação “praticamente” se pagar com economias no ecossistema do prédio.
Confira a entrevista completa no YouTube oficial do Do Zero ao Topo.
FonteAgência Brasil