Brasileiro adora renda fixa, principalmente por causa dos juros elevados do país. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), quase 60% recursos das pessoas físicas estavam em aplicações dessa categoria no primeiro semestre deste ano.
Entre as alternativas disponíveis, duas das mais procuradas são o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e os títulos do Tesouro Direto. Mas qual delas oferece melhor rentabilidade hoje? Para responder a essa questão, o InfoMoney simulou quanto R$ 50 mil renderiam em cada um desses dois instrumentos.
Na simulação, foi considerado um CDB que paga 100% do CDI – índice que acompanha de perto a taxa básica de juros, mas que costuma ficar 0,1 ou 0,2 ponto percentual abaixo dela. Atualmente, a Selic está em 15%. No caso do Tesouro Direto, foi analisado o título atrelado à própria Selic.
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Quem paga mais?
Em valores brutos, o Tesouro Direto apresenta rendimento superior. Um aporte de R$ 50 mil alcançaria R$ 57.500,00 em um ano, ante R$ 57.450,00 do CDB. Em dois anos, os títulos públicos chegariam a R$ 66.125,00 brutos, enquanto o CDB atingiria R$ 66.010,05.
O cenário, porém, se altera após os descontos de imposto de renda (IR) e da taxa de custódia. Nesse caso, o CDB, mesmo remunerando a 100% do CDI, passa a oferecer maior retorno líquido: R$ 56.146,25 em um ano e R$ 63.608,54 em dois anos.
No Tesouro Direto, a cobrança de uma taxa de 0,20% ao ano reduz o ganho final. Considerando o mesmo período, o valor líquido acumulado seria de R$ 56.072,50 em um ano e de R$ 63.441,49 em dois anos.
Lembrando que tanto CDB quanto Tesouro Direto estão sujeitos à tabela regressiva de Imposto de Renda: 22,5% para aplicações de até 180 dias, 20% de 181 a 360 dias, 17,5% de 361 a 720 dias e 15% acima de 720 dias.
Veja tabela:
Janela | CDB | Tesouro Selic |
1 ano | R$ 56.146,25 | R$ 56.072,50 |
2 anos | R$ 63.608,54 | R$ 63.441,49 |
Riscos
No caso do CDB, o principal risco é o de crédito, ou seja, a possibilidade de a instituição financeira emissora não honrar o pagamento. Para mitigar esse risco, o produto conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de insolvência.
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Já os títulos do Tesouro Direto não têm essa proteção do FGC. Por outro lado, eles são considerados de risco soberano, pois têm como garantidor o próprio governo federal.
FonteAgência Brasil