
O governo argentino autorizou nesta segunda-feira a assinatura de um novo empréstimo com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), do grupo Banco Mundial, no valor de US$ 230 milhões, destinado a promover e melhorar o emprego no país.
Este é o segundo empréstimo que a Argentina firmou com instituições financeiras internacionais nos últimos cinco dias. Em 16 de julho, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um financiamento de US$ 10 bilhões para o país, destinado a promover iniciativas do setor público e investimentos privados.
No início do ano, a Argentina fechou um empréstimo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para tentar fechar as contas internacionais. Porém não é o que está ocorrendo. Para manter o peso fixo em relação ao dólar e ter chance de ganhar as eleições legislativas deste ano, o presidente argentino, Javier Milei, não está cumprindo as metas estabelecidas pelo FMI.
No início de julho, consultorias econômicas e veículos de comunicação estimavam que a Argentina não atingiu a meta de reservas estabelecida no programa do FMI, ficando cerca de US$ 4 bilhões abaixo do objetivo. A acumulação de reservas tem caído desde 2024 (Milei assumiu em dezembro de 2023) e está em patamar negativo.

A aprovação do empréstimo do Bird foi formalizada por meio do Decreto 482/2025, publicado no Diário Oficial, com as assinaturas do presidente Javier Milei, do chefe de Gabinete, Guillermo Francos, e do ministro da Economia, Luis Caputo.
O novo empréstimo consiste em financiamento adicional para o projeto “Promovendo Melhores Empregos com Programas Integrados de Capacitação e Emprego”, que busca melhorar as condições de trabalho de setores vulneráveis por meio de políticas de capacitação e apoio econômico a determinados grupos sociais.
O programa será estruturado em cinco partes: a primeira, a “ampliação e o fortalecimento de um sistema de certificação e capacitação com base em competências trabalhistas”; segunda, “bolsas para promover a participação em políticas ativas do mercado de trabalho”; terceira, o “fortalecimento da rede de agências municipais de emprego”.
As outras duas áreas dizem respeito ao “fortalecimento dos sistemas de informação e avaliação, de acordo com a estrutura do empréstimo original” e à “gestão e supervisão de projetos”, afirma o texto do decreto.
Com informações da Agência Xinhua

Fonte Monitor Mercantil