19 ações e BDRs para proteger a carteira em tempos de instabilidade geopolítica

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Enquanto o mundo ainda observa os desdobramentos do ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares do Irã seguido do anúncio de cessar-fogo e a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, alguns investidores podem optar por ações que protegem as carteiras em tempos de guerra. 

Quando há tensão geopolítica, papéis de exportadoras, empresas com demanda robusta mesmo em tempos de crise e produtoras de petróleo estão entre as opções defensivas. 

O mais importante, porém, é manter a visão de longo prazo e não tomar decisões baseadas em emoções, se esquecendo dos fundamentos, dizem analistas. “Em vez de mudanças radicais, o ideal é considerar ajustes táticos: reforçar ações resilientes e identificar componentes ‘antifrágeis’, aproveitando o seu potencial de valorização”, diz José Victor Cassiolato, estrategista da VICTRIX. 

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Para Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, “embora mudanças bruscas de portfólio não sejam recomendadas para investidores com visão de longo prazo, é prudente considerar ajustes táticos ou de proteção”. Ele defende que “crises internacionais podem justificar ajustes pontuais, mas a espinha dorsal da carteira deve seguir sendo construída com base nos vetores estruturais da economia brasileira e do perfil do investidor”.

Para esses ajustes táticos, Belitardo, Cassiolato e outros cinco especialistas procurados pelo InfoMoney recomendaram 19 ações e BDRs — e um ETF — que protegem o portfólio quando há conflitos ou rumores de guerra; confira

Petroleiras

“As empresas do setor de petróleo podem se beneficiar da alta nas cotações internacionais do barril da commodity, o que pode acontecer em conflitos envolvendo países do Golfo”, diz Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos. 

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O especialista indica a ação da Petrobras (PETR3) como uma das opções de proteção na carteira atualmente. Já Fernando Siqueira, head de research da Eleven Financial, recomenda, além da estatal, a Prio (PRIO3). Lá fora, ele indica “empresas de petróleo com maior liquidez”, ambas com BDRs listados na Bolsa brasileira: Chevron (CHVX34) e Exxon Mobil (EXXO34)

Defesa

O setor de empresas ligadas à fabricação de aeronaves de combate e sistemas de defesa também pode ser uma opção defensiva em tempos de instabilidade, quando os países investem em defesa.

Nesse segmento, Belitardo recomenda a exposição à Northrop Grumman (NOCG34), responsável pelo B-2 Spirit, o avião “invisível” dos Estados Unidos usado para atacar instalações nucleares do Irã. Belitardo também cita Boeing (BOEI34), Raytheon Technologies (RYTT34) e Lockheed Martin (LMTB34) como papéis interessantes para o momento atual. 

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Na B3, a Embraer (EMBR3) é destacada por Cassiolato, da VICTRIX. Ele lembra que a divisão de defesa foi uma das menos impactadas pelo cenário macroeconômico e as margens e receitas da companhia subiram no primeiro trimestre deste ano. “Os contratos internacionais, especialmente no segmento militar, têm tido um impacto positivo para o desempenho operacional”, diz Cassiolato. 

Ouro e Prata 

Tradicionalmente usado como reserva de emergência, o ouro se destaca em momentos de aumento da percepção dos riscos geopolíticos. Por isso, Max Bohm, diretor de estratégias da Nomos, recomenda a exposição à Aura Minerals (AURA33). Em relatório, a XP também recomenda a compra do papel, citando a perspectiva positiva para o ouro e explicando que cerca de 60% da alta 395% do papel em 2024 foi impulsionado pela alta do material. 

Bohm ainda indica a Barrick Gold (BARR34), “uma mineradora de ouro que também ganha valor em cenários de aversão ao risco” e o BSLV39, ETF (fundo de índice) que replica a performance da prata no exterior. 

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Exportadoras 

De volta às empresas brasileiras, companhias com receita em dólar são opções de proteção ao portfólio em tempos de instabilidade geopolítica, já que o dólar ainda é a moeda mais procurada para quem quer proteger a carteira. Portanto, Enrico Gazola, sócio-fundador da Nero Consultoria, recomenda Vale (VALE3) e Suzano (SUZB3): “estrutura de custos local e faturamento externo proporcionam hedge (proteção) cambial natural. 

Proteínas

Também exportadoras, as produtoras de alimentos à base de proteínas oferecem proteção ao portfólio porque, além das receitas dolarizadas, “têm demanda praticamente inelástica”, explica Sidney Lima. Ele destaca JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3)

No entanto, o especialista diz que o investidor precisa ficar atento às questões de regulamentação e restrições que envolvam o setor e a China, principal importadora de produtos importantes. 

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Energia elétrica

Sempre citadas entre as companhias com as receitas mais previsíveis e boa distribuição de dividendos, as empresas de energia elétrica entram em praticamente qualquer lista de proteção de portfólio. Harrison Gonçalves, CFA, vê a Copel (CPLE6) como a melhor posicionada no setor atualmente: “é altamente diversificada em uma das áreas mais relevantes da economia brasileira e, por ser considerada de consumo não discricionário, seu modelo de negócios está alinhado a uma política de distribuição de dividendos consistente”. 

Cassiolato também recomenda CPLE6 e ainda adiciona Eletrobras (ELET3) à lista de recomendações no setor elétrico. “A natureza regulada e essencial da atividade, aliada à dimensão da empresa dentro do setor elétrico nacional, contribui para a leitura de que a companhia possui elementos estruturais associados à resiliência em cenários de maior incerteza”, diz o estrategista. 

Consumo básico 

E por falar em demanda constante, Johnson & Johnson (JNJB34) e Procter & Gamble (PGCO34) “tendem a manter margens mesmo em períodos de turbulência, segundo Belitardo, da Hike, o que as credencia como opções para o momento atual.  



FonteCâmara dos Deputados

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