As ações de RD Saúde (RADL3), dona das farmácias Raia e Drogasil, da empresa de logística LOG CP (LOGG3) e da companhia de locação de máquinas Armac (ARML3), tiveram suas respectivas recomendações elevadas. Às 12h10 (horário de Brasília), RADL3 subia 0,35%, a R$ 20,07, ARML3 avançava 2,13%, a R$ 3,83, e LOGG3 tinha valorização de 2,91%, a R$ 24,39.
O Morgan Stanley elevou recomendação para ações da RD de equalweight (exposição igual a média do mercado, equivalente à neutro) para overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra). O preço-alvo foi elevado de 18,90 para R$ 24,00.
O banco destaca a rede de farmácias enfrenta desafios estruturais, mas as preocupações do mercado em relação à concorrência e à disrupção parecem exageradas. Segundo os analistas, os modelos de farmácias em supermercados e a entrada do Mercado Livre (BDR: MELI34) provavelmente não irão impactar significativamente a posição competitiva da RD.
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O momentum dos GLP-1, especialmente após o lançamento do Mounjaro e a iminente perda de exclusividade da semaglutida, deve impulsionar forte crescimento da receita, na avaliação do Morgan Stanley.
A equipe destaca ainda a avaliação atraente, com o momentum de lucros sustentando a reação das ações, que subiram 10% no mês de outubro.
Por outro lado, o Morgan Stanley reconhece que a RADL3 continua enfrentando desafios estruturais, entre eles a maior concorrência no segmento de Higiene & Cuidados Pessoais (HPC), a crescente genéricação do mercado farmacêutico e a expansão agressiva da companhia em cidades menores e localizações menos óbvias gera preocupação quanto à eficiência e rentabilidade.
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Com sinais concretos de recuperação operacional no 3T25, marcando um ponto de inflexão em sua trajetória, o Bradesco BBI elevou a recomendação de Armac de neutra para compra, com preço-alvo passando de R$ 4 para R$ 6, o que representa um potencial de valorização de 60%.
Segundo relatório, o trimestre trouxe expansão relevante de margem EBITDA (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações/receita líquida) no segmento de locação, com a companhia indicando margens próximas a 50% nos últimos meses. Além disso, as vendas de ativos usados seguem em aceleração, reforçando a capacidade de monetização e eficiência da estrutura de desinvestimento.
A ação negocia a múltiplos atrativos de 9 vezes o P/L (Preço sobre Lucro) esperado para 2026 e 5 vezes para 2027, contra aproximadamente 15 vezes nos últimos dois anos, o que reforça preferência do banco pelo nome no setor de locação, ao lado das ações da Localiza (RENT3), com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 59,00.
O JPMorgan elevou a recomendação da Log de underweight (exposição abaixo da média do mercado) para neutra (posição equivalente ao mercado), com novo preço-alvo para dezembro de 2026 de R$ 24 para R$ 28,00.
Segundo o banco, a revisão reflete resultados do terceiro trimestre acima do esperado, com receita 6% superior às projeções, a exposição da companhia ao ciclo de cortes de juros previsto para o fim de 2025 ou início de 2026, em meio à alavancagem líquida de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, e os desinvestimentos contínuos, que somaram R$ 364 milhões em memorandos de entendimento (MOU) anunciados junto ao balanço. Esses recursos permitem à Log financiar seu plano de crescimento e ampliar o número de projetos em construção, que passou de oito para 16 entre o segundo e o terceiro trimestre.
Por outro lado, apesar da revisão positiva, o JPMorgan enxerga upside limitado de cerca de 18% em relação ao preço-alvo de dez/26, contra 25 e 35% no caso das empresas de shoppings brasileiras, todas com recomendação overweight (Multiplan, Iguatemi e Allos).
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Além disso, a LOG negocia a múltiplos elevados, com P/FFO (Preço sobre Fundos de Operações) estimado para 2026 em cerca de 32,5 vezes, um prêmio significativo em relação às empresas de shoppings, que operam a 8 a 10 vezes. O modelo de crescimento da LOG depende de desinvestimentos recorrentes, o que é difícil de mensurar e traz volatilidade ao ritmo de crescimento e aos resultados da companhia.
Fonte Infomoney