A Petrobras (PETR3; PETR4) deve apresentar aumento significativo na produção no terceiro trimestre de 2025, de acordo com analistas. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que houve aumento sequencial na produção de petróleo, que chegou a 2,5 milhões de barris por dia (MMbpd). Por isso, as expectativas de analistas é que parte desse aumento apareça no Relatório de Vendas e Produção que será apresentado nesta sexta-feira (24).
O aumento da produção deve se converter em resultados financeiros mais fortes, como esperado, mas o Research da XP alerta para a possibilidade de alta das vendas suceder o avanço na produção.
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“Além da produção, os preços provavelmente proporcionarão um leve vento de cauda (digamos, uma brisa) aos resultados. O Brent ficou em média em US$ 69/bbl no 3T25, um aumento de +1,5% em relação ao trimestre anterior”, aponta o relatório.
A análise destaca que a valorização de 2,1% do real no trimestre também deve gerar ganhos cambiais relevantes nos resultados. A questão cambial ofereceu compensação pela queda marginal nos preços médios de diesel e da gasolina em reais. A XP destaca também a diferença entre os spreads domésticos para gasolina, com queda de cerca de 1,8%, e aumento para o diesel, em +6,7% em relação ao trimestre anterior, para US$ 28/bbl.
O produto disso tudo, para a XP, deve ser lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) sequencialmente mais alto, em US$ 11,3 bilhões, com alta de 10,8% no trimestre. Os bons dados financeiros poderiam garantir, considerando a política de dividendos da Petrobras, dividendos ordinários estimados em US$ 2,3 bilhões, com yield trimestral de 3,3%.
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“Os resultados operacionais mais elevados refletirão na demonstração de fluxo de caixa. Esperamos que o capex permaneça em níveis semelhantes (XPe de US$ 4,2 bilhões) e que o FCFE alcance US$ 2,7 bilhões (yield trimestral de cerca de 3,9%)”, estimam os analistas da XP.
As estimativas do Citi são igualmente otimistas. O banco projeta maior produção de petróleo na comparação trimestral, em especial por menores perdas de produção relacionadas a paradas para manutenção e pelo processo de aceleração de algumas unidades. Já para o refino, a expectativa é de maior taxa de utilização e volume de vendas, trimestre a trimestre, em especial por efeitos sazonais.
A produção de petróleo, de acordo com o Citi, deverá ficar em 2,4 milhões de barris por dia, alta de 5% na comparação trimestral. Com maiores vendas de combustíveis, a empresa pode aumentar seus números recorrentes e anunciar dividendos antecipadamente, segundo a análise do banco estrangeiro, que tem recomendação neutra para Petrobras.
“No entanto, a tendência de aumento da alavancagem — devido ao preço mais baixo do petróleo e ao pagamento de dividendos ordinários acima da geração de FCFE — sustenta nosso ceticismo”, explica os analistas.
O Goldman Sachs estima forte desempenho operacional, com produção de petróleo com alta de 20% na comparação anual, apoiada pela entrada e rápida aceleração de novas plataformas. Além disso, a análise destaca a expectativa de margens de refino mais saudáveis.
O banco estrangeiro estima também que haja o anúncio de cerca de US$ 2,4 bilhões em dividendos com os resultados, com base na politica de remuneração da empresa, e que o capex em caixa fique em US$ 4,3 bilhões no terceiro trimestre de 2025.
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Fonte Infomoney