A Méliuz (CASH3), Bitcoin Treasury, aprovou nesta quarta-feira (8) um programa de recompra de até 9,1 milhões de ações, representando 10% das ações em circulação. Às 11h18, as ações da companhia tinham valorização 5,90%, a R$ 4,49.
Segundo a Méliuz, o objetivo do programa é maximizar a geração de valor para o acionista e poder fornecer um eventual percentual de participação e, com isso, um aumento do número de bitcoin por ação.
O movimento vem um dia depois de o BTG Pactual (BPAC11) ter publicado relatório apontando que não se surpreenderia com um anúncio de recompra em breve.
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Segundo o banco, a discussão atual sobre a avaliação da Méliuz, excluindo o caixa líquido, é semelhante ao que se observou em ciclos anteriores da empresa. Naquele momento, reduções de capital totalizando cerca de R$ 440 milhões — equivalentes a 85% do valor de mercado antes da primeira distribuição — impulsionaram fortemente as ações.
“Hoje, a empresa não tem mais um excedente de caixa tão grande, mas, dado o nível atual das ações e a melhora operacional em seu negócio legado, não nos surpreenderia ver a Méliuz explorando alternativas para executar um programa de recompra”, disse o BTG.
O relatório também destacou que, caso o negócio legado fosse avaliado em cerca de R$ 200 milhões, o que implicaria um Valor da Firma (EV)/EBITDA abaixo de 3 vezes, as ações poderiam subir até 35%.
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Com isso, o banco avaliou que a assimetria da tese segue favorável para o lado positivo, o que parece ter sido confirmado pelo anúncio oficial da recompra.
Negócio legado subvalorizado
Ao contrário de seus pares globais, o negócio legado da companhia ainda pode ser relevante, dado seu modesto valor de mercado, inferior a US$ 90 milhões.
O BTG prevê uma melhora operacional no 3T25, com EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) potencialmente atingindo R$ 20 milhões, acima da estimativa de R$ 16 milhões.
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Enquanto isso, o BTG destaca a Méliuz continua a gerar valor com a valorização do BTC (não refletida no P&L), que somava R$ 30 milhões até os resultados do 2T25 e R$ 25 milhões desde então. Considerando a valorização do BTC ao longo do ano, combinada com a recente queda das ações, o banco estima que o negócio legado atualmente valha R$ 30 milhões, abaixo de 0,5 vez EV/EBITDA.
Fonte Infomoney