Brasileiros presos por Israel, junto com ativistas que tentavam entrar na Faixa de Gaza pelo mar, anunciam greve de fome.
Os advogados do Centro Jurídico para os Direitos das Minorias Árabes em Israel, que acompanha os membros da flotilha, disseram que os ativistas presos tiveram medicamentos retidos.
Segundo a esposa do brasileiro Thiago Ávila, Lara Souza, o marido dela anunciou greve de fome e água até que os medicamentos necessários fossem devolvidos.
Junto com ele, outros três brasileiros declaram greve de fome.
Ainda de acordo com Lara Souza, a advogada do grupo diz que para os ativistas poderem assinar os papéis de deportação, seria necessário admitir que eles cometeram crime ao tentar entrar em Gaza.
“Também estamos aguardando notícias da Embaixada para saber sobre a deportação daqueles quatro brasileiros que já assinaram o documento e deveriam ser imediatamente deportados, mas ainda não foi informada a Embaixada dados sobre os voos. Ainda não foi sequer garantido se eles de fato serão deportados para o Brasil ou se simplesmente serão colocados em um voo para qualquer outro lugar”.
Todas as sessões de julgamento foram concluídas neste domingo.
De acordo com a agência de notícia Reuters, até agora foram deportados mais de 170 dos cerca de 450 ativistas detidos pela marinha israelense na semana passada, por participarem da flotilha que tentava entregar ajuda humanitária a Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou nesse domingo (5) que deportou mais 29 pessoas.
Apenas um brasileiro, Nico Calabrese, foi deportado para Itália, por ter cidadania daquele país.
De acordo com a assessoria da deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), também uma das detida, não há confirmação oficial sobre prazos ou condições para início das deportações dos demais brasileiros.
A coordenação da flotilha humanitária relata que os participantes estão condições precárias, com restrição de água, alimentação, e agressões físicas contra alguns ativistas.
Já o Ministério de Relações Exteriores de Israel, nega as alegações sobre os maus-tratos sofridos pela sueca Greta Thunberg e por outros detidos. Nas redes sociais, disse que todos direitos legais dos detidos estão sendo respeitados e chamou os relatos de “mentiras descaradas” e “alegações ridículas e infundadas”.
Fonte Agência Brasil