Há algo de simbólico e profundamente real no ato de subir ao palco.
O CEO que sobe ao palco não está apenas entregando um discurso — está oferecendo uma narrativa pública da sua liderança. Um posicionamento. Uma assinatura.
Vivemos em tempos em que eventos se tornaram vitrines de reputação. E não falo apenas dos grandes congressos, fóruns empresariais ou encontros internacionais. Falo também das pequenas reuniões com plateia, das premiações corporativas, dos encontros de networking e até mesmo das lives bem conduzidas. Cada aparição é uma chance de reforçar — ou arranhar — a autoridade de quem lidera.
O palco é um campo de batalha silencioso
A linguagem corporal diz mais do que os slides. O tom da voz atravessa as paredes do PowerPoint. E a condução de um evento, sim, ela mesma, pode transformar um simples encontro em um espetáculo memorável ou num desastre com wi-fi.
A verdade é que nem todo líder nasceu para brilhar sob os holofotes. Mas todos precisam aprender a se mover sob eles.
Porque o palco, hoje, não é opcional.
Seja você discreto ou expansivo, técnico ou visionário, o mercado espera ver você ali com postura, clareza e presença.
O mestre invisível que dita o ritmo
Pouco se fala sobre o papel de quem está ali para conduzir. O Mestre de Cerimônias, muitas vezes, é visto como aquele que “apenas apresenta”. Mas um bom mestre não apresenta. Ele direciona. Conecta discursos, gera expectativa, traduz o clima, dá ritmo e protege a reputação dos que sobem ao palco.
Sim: um bom mestre protege reputações.
Com tempo, tom e contexto.
Porque há CEOs brilhantes que perdem a plateia antes mesmo de começar a falar e nem percebem.
Há eventos caros que fracassam não pelo conteúdo, mas pela ausência de direção.
Há mensagens poderosas que se perdem por falta de condução estratégica.
E há líderes que ainda acham que palco é só vaidade, quando na verdade, é um ativo de posicionamento público.
Visibilidade não é mais luxo. É responsabilidade.
Não se trata de ego. Trata-se de legado.
Estar em evidência exige preparo, intenção e sobretudo consciência.
Porque não há nada mais perigoso do que um microfone entregue a alguém que não sabe o que está fazendo com ele.
Todo CEO precisa de um palco.
Mas um palco sem direção é só uma caixa de madeira com luzes caras.