licença para instalar poços de Wahoo é marco crucial para tese e destrava valor

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A PRIO (PRIO3) recebeu na segunda-feira (15) licença de instalação do Ibama para a interligação dos poços de seu campo de Wahoo, onde prevê iniciar a produção no próximo ano. Com a autorização, a petroleira iniciará imediatamente as obras submarinas e o tieback ao FPSO, tendo já contratado a embarcação responsável pelo lançamento da linha rígida, com chegada prevista em outubro. Às 10h15 (horário de Brasília), já na abertura dos mercados, as ações da companhia subiam 2,00%, a R$ 38,73.

O Goldman Sachs avaliou o avanço no licenciamento como um sinal estratégico positivo, destacando que a notícia pode aumentar a visibilidade do mercado em relação ao cronograma para o primeiro óleo do projeto, considerado o principal catalisador para a ação, além de reduzir riscos de novos atrasos relevantes.

Segundo relatório, a PRIO negocia a uma avaliação atrativa, com rendimento de fluxo de caixa (FCFy) estimado em 28% para 2026 (sem incluir a segunda tranche de Peregrino, ainda não concluída).

No entanto, o banco americano lembrou que sua equipe global de commodities mantém uma visão mais pessimista para os preços do petróleo, projetando o Brent a US$ 56 por barril em 2026. Para o Goldman, o próximo gatilho para a ação continuará sendo o início da produção em Wahoo, previsto apenas para 2026. O Goldman Sachs manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 48,10.

A Genial Investimentos também destacou que a concessão da licença é um marco crucial para o portfólio da petrolífera, pois viabiliza a entrada de Wahoo no cronograma de produção já no primeiro semestre do ano que vem.

Aos atuais níveis de preço, a Genial vê a petrolífera negociando a apenas 2 vezes Valor da Firma (EV)/EBITDA para 2026 e rendimento de geração de caixa de 30%. Com isso, a corretora reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 69.

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O JPMorgan, por sua vez, avaliou a notícia como positiva, pois destrava valor no portfólio de ativos da PRIO e reduz o risco de novos atrasos na operação de Wahoo. Dessa forma, o banco manteve classificação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 53.

A equipe do Itaú BBA destacou que a concessão da licença representa um marco altamente esperado e positivo para a petroleira, aumentando a visibilidade do crescimento futuro da produção ao destravar o projeto Wahoo. O banco projeta o primeiro óleo do ativo em abril de 2026, com quatro poços totalizando 40 mil barris por dia.

Segundo o BBA, a licença é um dos dois principais catalisadores de curto prazo para a ação, ao lado da retomada da produção em Peregrino. O Itaú BBA reiterou sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 62.

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Já o Morgan Stanley projetou o primeiro óleo de Wahoo até abril de 2026, em linha com a previsão da PRIO para março ou abril divulgada nesta segunda. O banco destacou que seu modelo considera a entrada em operação simultânea dos quatro poços, cada um com capacidade de produção de 10 mil barris por dia, conforme os planos da administração.

Na avaliação, o Morgan Stanley estimou Wahoo em R$ 19,8 por ação em seu cenário base, o que representa cerca de 21% de sua estimativa de valor de mercado, considerando um preço de petróleo de longo prazo de US$ 70 por barril. A instituição financeira manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 63,50.

Na mesma linha que os outros bancos, a XP Investimentos avaliou que a concessão da licença será um catalisador positivo para as ações da PRIO e mais um passo no destravamento de valor da tese de investimento da companhia. A corretora também reforçou que a PRIO segue sendo sua favorita no setor de petróleo e gás.



Fonte Infomoney

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