O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 27/08/2025, está cotado em R$ 604.411,65. O BTC recuperou brevemente seu preço e voltou para US$ 111 mil, após uma correção até US$ 109 mil, mas os traders ainda estão cautelosos sobre uma recuperação mais ampla.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos operaram com baixa volatilidade, enquanto os investidores se preparam para os resultados da Nvidia, um evento com potencial significativo de impactar o apetite por ativos de risco.
O dólar americano permaneceu enfraquecido, pressionado pela crise de credibilidade do Federal Reserve, desencadeada pela tentativa do presidente Donald Trump de demitir a governadora Lisa Cook.
A ação gerou preocupações sobre a independência da autoridade monetária e intensificou as apostas por cortes de juros já em setembro, com projeções de afrouxamento monetário acumulado de até 100 pontos-base até 2026.
O mercado segue em compasso de espera pelos resultados da Nvidia, enquanto o ouro deu sinais de leve fraqueza e o petróleo manteve-se estável.
Já o Bitcoin, cotado em US$ 111.663, começa a sinalizar uma recuperação, com expectativa de curto prazo moderadamente positiva. A fraqueza do dólar e a crescente especulação sobre cortes de juros pelo Fed continuam a sustentar o apetite por ativos de risco como o BTC. Além disso, o sentimento no mercado permanece elevado diante da expectativa pelos resultados da Nvidia, que podem aumentar a volatilidade, positiva ou negativa, no mercado cripto’, disse.
Bitcoin suporte e resistência
Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, aponta que o fornecimento global de dinheiro está crescendo em um ritmo histórico e sempre que há um crescimento do tipo, o Bitcoin seguiu com uma alta explosiva, mas desta vez, a escala é muito maior.
‘As projeções apontam para uma meta potencial de US$ 180 mil a US$ 220 mil neste ciclo’, afirmou.
O analista da Bitunix, afirma que o Bitcoin enfrenta resistência forte nas zonas de US$ 114 mil e US$ 116 mil, enquanto encontra suporte imediato entre US$ 109,5 mil e US$ 110 mil. Há ainda pontos secundários de sustentação em US$ 107 mil e US$ 105 mil.
Ele também observou que a liquidez do BTC se ajustou para baixo.
“Estamos vendo uma rotação de capital. O open interest do Bitcoin caiu 0,87% nas últimas 24 horas, sinalizando desalavancagem, enquanto o do Ethereum subiu 2,19%, mostrando migração de recursos”, explicou.
Para os próximos dias, o cenário segue incerto e depende de variáveis cruzadas entre geopolítica e macroeconomia.
“Se a tensão militar entre EUA e Venezuela ficar restrita a exercícios, os mercados podem absorver rapidamente. Mas qualquer escalada brusca no petróleo exigirá atenção máxima dos investidores”, disse o analista.
ETFs e o folego dos investidores
Dados mostram que os ETFs de BTC receberam US$ 219 milhões no dia 25 e US$ 88 milhões no dia 26, quebrando uma sequência de seis dias de saídas líquidas. O Ethereum liderou, com entradas de US$ 444 milhões e US$ 455 milhões nos mesmos dias, marcando quatro sessões seguidas de fluxo positivo.
Esse movimento coincidiu com a recuperação dos preços. O Bitcoin voltou a sustentar o nível de US$ 110 mil, sendo negociado próximo de US$ 111,4 mil. O Ethereum retomou a faixa de US$ 4,5 mil, a Solana superou os US$ 200 e o XRP alcançou US$ 3. Para os analistas, a combinação de fluxos institucionais e compras em correções deu suporte imediato às cotações.
Além dos ETFs, o mercado recebeu um reforço expressivo das tesourarias corporativas. A SharpLink adicionou 56.533 ETH, avaliados em US$ 252 milhões, elevando seu total para 797.704 ETH, cerca de US$ 3,7 bilhões. A movimentação reforça o papel crescente do Ethereum como ativo estratégico em balanços empresariais.
O cenário também ganhou peso simbólico no campo regulatório. O governo dos Estados Unidos anunciou que começará a publicar dados econômicos diretamente em blockchain, em uma tentativa de melhorar a credibilidade e modernizar a infraestrutura digital. Especialistas enxergam a medida como um sinal positivo de legitimidade, ainda que de impacto inicial limitado.
No plano político, tensões continuam a marcar o ambiente macroeconômico. A governadora do Federal Reserve, Lisa Cook, declarou que o presidente Donald Trump “não tem autoridade para demiti-la” e pretende contestar a decisão na Justiça. Ao mesmo tempo, tarifas comerciais seguem no radar, com a Índia resistindo a novos acordos com os Estados Unidos.
O analista Timothy Misir, head de pesquisa da BRN, avalia que os sinais de curto prazo merecem cautela.
“Os fluxos de ETFs e as compras de tesouraria restauraram temporariamente a demanda, permitindo que o Bitcoin sustentasse US$ 110 mil e o Ethereum US$ 4,5 mil. Mas a atividade de rede segue em desaceleração e a estrutura de derivativos permanece frágil. Isso mostra que o rali ainda não está totalmente confirmado”, afirmou.
Ele acrescentou que o mercado precisa de confirmação técnica.
“Um fechamento consistente acima de US$ 113 mil ou US$ 115 mil no Bitcoin abriria espaço para novos avanços. Caso contrário, o risco de uma correção em direção a US$ 108,9 mil permanece no radar.”
No caso do Ethereum, o momento é mais favorável, sustentado por entradas fortes em ETFs e pela demanda estrutural de tesourarias. Contudo, os riscos de realização de lucros permanecem elevados, dado que os índices on-chain já mostram sobrevalorização.
Em paralelo, a narrativa corporativa avança. A Trump Media anunciou uma parceria com a Yorkville Investment e a Crypto.com, estruturando uma tesouraria de US$ 1 bilhão em CRO. O pacote inclui US$ 200 milhões em caixa e uma linha de capital de US$ 5 bilhões.
Para Misir, o movimento é um marco: “Isso mostra que tokens alternativos estão entrando no radar institucional, mas também aumenta os riscos de concentração e liquidez.”
Com os mineradores emitindo entre 850 e 900 BTC por dia, os últimos fluxos de ETFs já representaram o equivalente a 1,5 vez essa emissão diária. Esse dado sugere que a pressão compradora pode absorver a oferta, caso seja mantida.
No entanto, Misir encerra com um alerta: “O momento é construtivo, mas exige atenção. O investidor deve manter posições equilibradas, aproveitando a liderança do Ethereum, mas consciente da fragilidade estrutural do Bitcoin.”
Bitcoin análise técnica
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que comparando todos os 4 ciclos de mercado, estamos atualmente posicionados em uma fase semelhante, onde os mercados em alta anteriores começaram a acelerar para novas máximas.
“Dados históricos mostram que após esta zona de consolidação muitas vezes entra em uma perna forte para cima. O alinhamento entre os ciclos sugere um momento crescente, com potencial de alta no futuro se a história rimar novamente. Tendência: Tendência de alta se formando’, afirma.
Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de agosto de 2025 é de R$ 604.411,65 . Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 27 de agosto de 2025, são: Cronos (CRO), Story (IP) e Solana (SOL) com altas de 40%, 9% e 8% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 27 de agosto de 2025, são: Ethena (ENA), Arbitrum (ARB) e XDC Network (XDC) com quedas de -4%, -3% e -2% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.
Fonte UOL