A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (22) mostra queda no nível de aprovação do governo Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais. De acordo com a pesquisa, o governo Zema é aprovado por 55% dos eleitores e reprovado por 35%. Não souberam ou não responderam somam 10%. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
O nível de aprovação do governador recuou em relação às pesquisas anteriores, divulgadas em fevereiro e dezembro de 2024. Nas medições anteriores, o governo Zema teve 62% e 64% de aprovação, respectivamente. A desaprovação foi de 30%, e 29%, nos respectivos meses. Os índices de não souberam ou não responderam foram de 8% e 7%, em fevereiro deste ano e dezembro do ano passado. Zema planeja ser candidato à Presidência em 2026.
Para a pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, foram ouvidos 1.482 eleitores no Estado, com 16 anos ou mais, entre 13 e 17 de agosto. O nível de confiança é de 95%.
Os eleitores também avaliaram as áreas de atuação do governo. Os maiores índices de aprovação foram em geração de emprego e renda, com 43% de avaliações positivas contra 19% negativas; educação (43% positivas contra 22% negativas) e segurança (38% positivas ante 29% negativas).
Apenas a área de transporte público teve mais avaliações negativas 35% que positivas (29%).
Os eleitores também avaliaram a atuação do governador do Novo, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em diante da aplicação das tarifas adicionais pelo governo americano ao Brasil.
Zema criticou a postura do governo federal nas negociações das tarifas e negou que a ligação entre Bolsonaro e Trump poderia prejudicar o Brasil. Em relação à postura de Zema, 41% dos eleitores avaliaram bem e 33% avaliaram mal. Outros 26% não souberam ou não responderam.
Já em relação à atuação do presidente Lula, 54% dos eleitores mineiros consideraram que ele atuou mal no caso; 36% avaliaram que atuou bem e 10% não souberam ou não responderam.
Em relação à atuação de Bolsonaro (PL) no caso, 55% avaliaram mal; 25% avaliaram bem e 20% não souberam ou não responderam.
A pesquisa Genial/Quaest também perguntou aos eleitores se gostariam que o próximo governador fosse aliado de Lula, de Bolsonaro ou independente. Do total, 58% responderam que preferem um governador independente; 18% gostariam de um governador aliado a Lula; 22% preferem um aliado de Bolsonaro. Não souberam ou não responderam somaram 2% da amostra.
Perguntados se acham que Zema merece eleger um sucessor que indicar, os eleitores ficaram mais divididos: 48% responderam que não e 46% disseram que sim. Não souberam ou não responderam somaram 6%.
Na pesquisa de intenção de voto para governador de Minas Gerais em 2026, o atual senador Cleitinho (Republicanos), nome apoiado por Bolsonaro, aparece em primeiro lugar, com 28% das intenções, seguido pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (sem partido), com 16%.
O senador Rodrigo Pacheco (PSD), nome defendido por Lula, tem 9% das intenções de voto. O atual vice-governador e nome apoiado por Zema, Mateus Simões (Novo), aparece com 4%. Indecisos somam 17% e 26% afirmaram que não vão votar ou votarão branco ou nulo.
Não houve mudanças no ranking dos candidatos nas avaliações por sexo, faixa etária, nível de escolaridade, renda e religião.
Preferências por sexo e idade
A preferência por Cleitinho é maior entre eleitores do sexo masculino (35%), em comparação com o público feminino (22%). Kalil tem 17% das intenções de voto de homens e 16% das intenções de mulheres. Pacheco é a escolha de 12% dos eleitores homens e de 7% das mulheres. Simões tem 4% de intenções nos dois grupos de eleitores.
Entre o público feminino, 22% se mostram indecisas e 29% votarão em branco, nulo ou não votarão. Entre os homens, 10% afirmaram estarem indecisos, 22% votarão em branco, nulo ou não votarão.
Na divisão por faixa etária, Cleitinho tem maior preferência entre eleitores de 31 a 50 anos (36%), em comparação com o público de 16 a 30 anos (24%) e acima de 51 anos (22%).
Kalil tem 18% das intenções de voto entre eleitores de até 30 anos (18%). Nas outras duas faixas etárias, o índice é de 16%. Pacheco tem 12% das intenções entre os eleitores a partir de 51 anos. Abaixo dos 50 anos, as intenções somam 8%. Simões tem 6% das intenções entre os jovens de até 30 anos, 2% entre eleitores de 31 a 50 anos e 4% entre os eleitores acima de 51 anos.
Há mais indecisos entre os eleitores de 51 anos ou mais (21%), seguido pelos eleitores de 31 a 50 anos (15%) e de 16 a 30 anos (14%).
Os mais jovens têm o maior índice de eleitores que responderam votar em branco, nulo ou não votarão (30%), seguido pelo público de 51 anos ou mais (25%) e de 31 a 50 anos (23%).
Considerando a escolaridade dos eleitores, Cleitinho tem mais intenções de voto entre o público com ensino médio incompleto ou completo (31%) e ensino superior incompleto ou mais (31%). Eleitores com ensino fundamental somam 23%.
Kalil tem 16% das intenções nas três faixas de escolaridade. Pacheco tem 11% das intenções entre o público com ensino superior e 9% nas demais faixas de escolaridade. Simões tem 7% do público com ensino superior 3% na demais faixas.
Entre os eleitores com ensino fundamental, 20% estão indecisos e 29% votarão em branco, nulo ou não votarão. Entre eleitores com ensino médio, os índices são de 14% e 27%, respectivamente. Eleitores com ensino superior têm 16% de indecisos e 19% que votarão em branco, nulo ou não votarão.
Nível de renda e religião
Kalil só empata com Cleitinho entre os eleitores com renda de até 2 salários mínimos, ficando ambos com 20% das intenções, seguidos por Pacheco (8%) e Simões (4%). Indecisos somam 22% e 26% afirmam que vão votar em branco, nulo ou não votarão.
Entre eleitores com 2 a 5 salários mínimos, Cleitinho lidera, com 30%, seguido por Kalil (16%), Pacheco (8%) e Simões (3%).
A preferência por Cleitinho é maior entre eleitores que ganham acima de cinco salários (33%). Kalil e Pacheco empatam com 13% em intenções desse público e Simões tem 5%.
Na divisão por religião, o candidato do Republicanos tem mais intenções de voto entre evangélicos (32%), em comparação com eleitores católicos (28%). Kalil tem 13% das intenções de votos de evangélicos e 17% dos católicos. Pacheco tem 11% das intenções de católicos e 7% de evangélicos. Simões tem 3% da intenções de católicos e 4% de evangélicos.
Entre os eleitores que avaliam como positivo o governo Zema, 40% têm intenção de votar em Cleitinho, 13% em Kalil, 8% em Pacheco, 7% em Simões; 18% estão indecisos e 14% afirmam que votarão branco, nulo ou não votarão.
Entre os que consideram o governo do Novo regular, 29% têm intenção de votar em Cleitinho, seguido por Kalil (18%), Pacheco (7%), Simões (3%). Indecisos são 18% e 25% votarão branco, nulo ou não votarão.
No caso dos eleitores que avaliam a gestão Zema como negativa, 15% pretendem votar em Cleitinho, 21% em Kalil, 17% em Pacheco, 2% em Mateus. Indecisos somam 10%. E 35% votarão branco, nulo ou não vão votar.
Entre os eleitores que avaliam como positiva a gestão do presidente Lula, 24% pretendem votar em Kalil, 20% em Pacheco, 13% em Cleitinho e 2% em Simões. Do total, 20% estão indecisos e 21% votarão branco, nulo ou não votarão.
No caso dos eleitores que avaliam como negativa a gestão Lula, 45% votarão no candidato do Republicanos, outros 9% votarão em Kalil, 3% em Pacheco e 5% em Simões. Votos brancos e nulos e eleitores que não votarão somam 25% da amostra. Indecisos são 13%.
Entre os eleitores que consideram a gestão Lula regular, 22% pretendem votar em Kalil, 15% em Cleitinho, 10% em Pacheco e 3% em Simões. Outros 19% disseram estar indecisos e 31% votarão branco, nulo ou não votarão.
Entre os eleitores mineiros, 36% afirmaram não ter nenhuma ideologia específica, 22% se consideram de direita, 16% afirmam ser de esquerda; 13% se declaram bolsonaristas e 12% são lulistas ou petistas. Não souberam ou não responderam somam 1%.
Em relação à busca de informações sobre política, 33% dos eleitores mineiros se informam pela TV, outros 33% buscam informações nas redes sociais; 10% se informam por sites e blogs, 20% buscam outros meios e 4% disseram que não se informam.
Fonte Agência Brasil