A Organização Mundial da Saúde (OMS) acusou Israel de atacar suas instalações na região central de Gaza, após a expansão das operações militares israelenses na cidade de Deir al-Balah, que até então havia sido relativamente poupada durante o conflito com o Hamas. A ofensiva israelense, que já devastou grande parte do território, intensificou-se após ordens para que moradores deixassem áreas específicas da cidade. As informações são do jornal The New York Times.
Segundo a OMS, uma residência de funcionários foi danificada por bombardeios, e o local foi posteriormente invadido por soldados israelenses, que algemaram e revistaram homens abrigados no prédio, enquanto mulheres e crianças foram evacuadas à força. Outro prédio da organização, um grande depósito, também foi atingido e saqueado por multidões desesperadas. O Exército israelense afirmou que reagiu a tiros provenientes da área e que tratou os suspeitos conforme o direito internacional.
Deir al-Balah, que servia como refúgio para palestinos fugindo de outras partes de Gaza, tem visto um êxodo em massa após o aviso de evacuação. Moradores relatam cenas de pânico, com famílias tentando fugir enquanto enfrentam bombardeios e tiroteios. A cidade abriga importantes depósitos da ONU e acomodações para funcionários da organização, o que torna os ataques ainda mais preocupantes para a comunidade internacional.

Com mais de 85% de Gaza sob controle militar israelense ou sob ordens de evacuação, os residentes enfrentam poucas opções de fuga. O conflito já resultou na morte de mais de 57 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, incluindo milhares de crianças.
Enquanto isso, famílias de reféns israelenses mantidos pelo Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023 expressam temor com a intensificação dos ataques na região, temendo pela segurança dos capturados. Grupos de defesa exigem que o governo israelense esclareça como pretende proteger a vida dos reféns durante as operações militares em Gaza.
Fonte infomoney