UE vê indícios de Israel estar violando Direitos Humanos na ofensiva em Gaza

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Tanques de Israel em Gaza (Foto: Ilan Assayag/Ag. Xinhua)
Tanques de Israel em Gaza (Foto: Ilan Assayag/Ag. Xinhua)

A União Europeia vê “indícios” de que Israel está violando suas obrigações de direitos humanos sob o Acordo de Associação que rege as relações entre os dois países, de acordo com um relatório da alta representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, sobre a situação em Gaza.

A avaliação do Serviço de Ação Externa da UE é de que Israel está violando a cláusula de direitos humanos, em contradição com as salvaguardas contidas no acordo.

“Com base nas avaliações feitas por instituições internacionais independentes, há indícios de que Israel está violando suas obrigações de direitos humanos nos termos do artigo 2 do Acordo de Associação UE-Israel”, afirma o relatório, ao qual a Europa Press teve acesso, em suas conclusões.

Esse relatório enviado a Kallas pelos 27 servirá de base para a reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE na segunda-feira sobre as próximas medidas a serem tomadas em relação a Tel Aviv, embora tenha sido descartada a possibilidade de o bloco já tomar represálias e considerar a possibilidade de romper todas as pontes, como a suspensão do Acordo de Associação.

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A ofensiva de Israel, lançada após os ataques do Hamas e de outras facções palestinas em 7 de outubro de 2023 – que deixaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 sequestrados, de acordo com o governo israelense – deixou até agora mais de 55.700 pessoas mortas e 130 mil feridas, de acordo com as autoridades controladas pelo Hamas no enclave palestino, embora se tema que o número seja maior.

Também nesta sexta-feira, o Hamas acusou Israel de “assassinar deliberadamente dezenas de civis indefesos” para “perpetuar uma situação brutal” na Faixa de Gaza, em meio à ofensiva militar desencadeada pelas forças israelenses contra o enclave palestino após os ataques de 7 de outubro de 2023.

O grupo disse em um comunicado que as tropas israelenses cometeram vários “massacres horríveis” na sexta-feira, que deixaram quase 40 pessoas mortas, incluindo “bombardeios de casas e tendas usadas por pessoas deslocadas” e “disparos contra pessoas famintas perto de centros de distribuição de ajuda sionista-americana”.

O Exército de ocupação tem como alvo apenas civis indefesos, matando deliberadamente dezenas deles todos os dias, como parte de uma política sistemática e sangrenta que visa perpetuar essa situação brutal”, disse ele, antes de enfatizar que “a matança de crianças, mulheres e outros inocentes é um alvo diário constante do Exército de ocupação e o foco principal de sua guerra criminosa contra o povo palestino”.

Ele conclamou a comunidade internacional a “assumir suas responsabilidades, documentar esses massacres e violações horríveis contra o povo palestino e abrir processos em tribunais internacionais e nacionais para responsabilizar os líderes da ocupação como criminosos de guerra”, conforme relatado pelo jornal palestino “Filastin”.

“Renovamos nosso apelo aos povos árabes e muçulmanos e a todos os povos livres do mundo para que aumentem sua pressão em todos os fóruns sobre a ocupação e seus apoiadores e trabalhem para isolar e boicotar essa entidade fascista, para romper o cerco ao nosso povo e apoiar sua perseverança em sua batalha pela liberdade, dignidade e autodeterminação”, reiterou.

Com informações da Europa Press

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Fonte Monitor Mercantil

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