Programa nuclear do Irã teve início com líder apoiado por EUA

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A justificativa de Israel para os ataques ao Irã é que o país persa estaria supostamente desenvolvendo armas nucleares, o que ameaçaria a existência do estado judeu. Para especialistas ouvidos pela Agência Brasil, o conflito busca enfraquecer militar e economicamente o Irã para garantir a hegemonia dos judeus no oriente médio.

O programa nuclear Iraniano teve início nos anos de 1960, quando o país era governado pela monarquia do xá Reza Pahlavi, que tinha apoio dos países europeus e dos Estados Unidos. Com a revolução iraniana, de 1979, quando a população depôs o xá e instalou a república islâmica, houve o rompimento com as potências ocidentais. Mas o país persa só retomou o desenvolvimento nuclear após a morte do aiatolá Khomeini, líder da revolução, mas sempre alegando que teria fins pacíficos.

O analista geopolítico Ali Ramos avalia que o programa nuclear do Irã sempre foi uma necessidade energética. Ao contrário de Israel, o Irã sempre submeteu seu programa nuclear às inspeções internacionais.

Na década passada, frente a sanção dos Estados Unidos ao Irã, o Brasil tentou mediar um acordo para controlar o desenvolvimento nuclear iraniano, mas acabou não prosperando. Em 2015, os Estados Unidos, liderados pelo então presidente Barack Obama, costurou um novo acordo para limitar as atividades nucleares em troca do alívio nas sanções econômicas. Segundo o professor de relações internacionais Robson Valdez, esse acordo era semelhante àquele alinhado pelo Brasil e foi sistematicamente boicotado por Israel. No primeiro governo Trump, em 2018, os norte-americanos desfizeram o acordo e reintroduziram sanções contra Teerã. 

O cientista político Ali Ramos avalia que Trump acabou com o acordo para atender sua base conservadora, já que o Irã cumpria sua parte na negociação. O ex-presidente Joe Biden não avançou na retomada das negociações com os persas. Mas Trump retomou as negociações que avançavam em Omã, outro país do oriente médio que mediava as conversas. Mas na última sexta, Israel começou um novo ataque ao Irã, o que levou a suspensão das negociações.

Um dia antes ao taque a Agência Internacional de Energia Atômica aprovou uma resolução alegando que não poderia garantir que o programa iraniano era exclusivamente pacífico. Para o país, a decisão foi manipulada pelas potências ocidentais.

Com informações de reportagem de Lucas Pordeus León, da Agência Brasil




Fonte Agência Brasil

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