
O projeto de lei tributária dos republicanos dos EUA vai tirar dinheiro dos bolsos dos estadunidenses mais pobres, beneficiando principalmente as famílias mais ricas, de acordo com uma análise sobre o projeto, apoiado por Donald Trump, divulgada na quinta-feira pelo Escritório de Orçamento do Congresso (CBO).
As famílias na base da distribuição de renda teriam seus recursos reduzidos em US$ 1,6 mil por ano, enquanto os recursos das famílias de renda média teriam seus recursos aumentados devido ao projeto de lei de Trump em uma média anual de US$ 500 e US$ 1 mil. As famílias com renda mais alta terão sua renda aumentada em US$ 12 mil, de acordo com o CBO.
Republicanos, incluindo o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, criticaram o CBO por sua metodologia e afirmam que, se o projeto de lei tributária não for aprovado, os Estados Unidos poderão caminhar para uma catástrofe econômica, informou a Associated Press.
Os partidários de Trump se apoiam na teoria do trickle-down, que acredita que benefícios fiscais para empresas e indivíduos de alta renda criam um efeito benéfico, um “gotejamento” (na tradução literal) que se espalha por toda a economia, ao estimular o investimento. O resultado, porém, não foi alcançado no primeiro mandato de Trump e os benefícios às empresas acabaram sendo usados para recompra de ações pelas companhias, beneficiando seus acionistas.

Trump adverte que pode ‘forçar algo’ para reduzir taxas de juros
Donald Trump chamou o líder do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, de “imbecil” por não se curvar às suas exigências de reduzir as taxas de juros, ao mesmo tempo em que advertiu que poderia tentar “forçar algo” para que o Banco Central as reduza.
“Vamos gastar US$ 600 bilhões por ano por causa de um imbecil sentado lá dizendo ‘não vejo motivos suficientes para cortar as taxas’. Talvez eu tenha que forçar alguma coisa”, disse Trump nesta quinta-feira, em declarações relatadas pelo Financial Times.
Banco reduz chance de recessão nos EUA
Goldman Sachs reduziu para 30% a probabilidade de que os Estados Unidos entrem em recessão daqui a 12 meses, em comparação com a estimativa anterior de 35%, depois que o presidente Donald Trump chegou a um acordo comercial com a China.
Além disso, de acordo com o banco em um relatório da BNN Bloomberg, os dados de inflação dos EUA para o momento sugerem que as tarifas adotadas pela administração Trump tiveram um impacto menor sobre os preços do que o esperado.
As equipes de negociação de ambas as superpotências concordaram esta semana em limitar a guerra comercial, com a China permitindo o fornecimento de terras raras aos Estados Unidos. Washington também se comprometeu a dar aos estudantes do gigante asiático acesso às universidades americanas.
Os especialistas do Goldman Sachs já haviam reduzido as chances de os EUA entrarem em recessão de 45% para 35%, em 13 de maio, quando a Casa Branca e o governo chinês concordaram em reduzir as taxas comerciais anunciadas anteriormente por 90 dias.
Com informações das agências Xinhua e Europa Press

Fonte Monitor Mercantil