AGU pede para Polícia Federal investigar episódio de racismo contra ministra do TSE | Política

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De acordo com a ministra, o episódio ocorreu quando Vera Lúcia tentou entrar em um seminário da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Ela era palestrante do evento e foi barrada na porta, mesmo após de apresentar sua identificação funcional. O evento ocorreu no auditório da AGU, que fica no CNC Business Center, um prédio da Confederação Nacional do Comércio em Brasília, onde funcionam unidades do órgão.

Segundo o relato, além de não obter permissão para ingressar no auditório, a ministra ainda foi destratada por um agente de vigilância. “Atinge a Justiça Eleitoral como um todo e aos brasileiros e brasileiras. Nós fazemos campanhas permanentes pela inclusão, pela igualdade, pela possibilidade de ninguém passar por tratamento como esse. Isso não pode persistir sem que haja reação”, disse Cármen Lúcia.

No ofício encaminhado à PF, o advogado-geral da União, Jorge Messias, pediu a “máxima urgência na apuração dos fatos”, com a identificação dos responsáveis e a adoção das medidas legais cabíveis. O pedido foi enviado ao diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

“Reitero o compromisso da Advocacia-Geral da União com a defesa dos direitos fundamentais e com o enfrentamento de todas as formas de discriminação, especialmente o racismo estrutural que ainda persiste em diversas instâncias da vida institucional brasileira”, afirmou o ministro.

Segundo a AGU, assim que Messias tomou conhecimento do que aconteceu, ele enviou ofício a Cármen Lúcia para manifestar indignação e solidariedade a Vera Lúcia. Também informou ao TSE que adotaria as medidas cabíveis para “compelir os responsáveis pela administração do prédio a tomarem providências imediatas no sentido de responsabilizarem o autor da agressão e implementarem ações educativas e preventivas, a fim de que situações semelhantes jamais se repitam”.

Messias esclareceu que nem a AGU nem a Comissão de Ética Pública da Presidência exercem a gestão administrativa do edifício onde ocorreram os fatos, mas que isso não impediria que a instituição tomasse a medidas necessárias para a apuração do episódio.



Fonte Agência Brasil

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