Acordo EUA–China: Dia da Capitulação?

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Trump caminha cabisbaixo no Jardim Sul da Casa Branca
Donald Trump (foto de Hu Yousong, Xinhua)

Estados Unidos e China alcançaram, neste final de semana, uma trégua de 90 dias na guerra das tarifas desencadeada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, ambos os lados cortarão as tarifas em 115% a partir de quarta-feira: as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas cairão para 30%, enquanto as tarifas chinesas serão reduzidas para 10%.

Os mercados financeiros e Trump comemoraram, mas a divulgação do comunicado conjunto deixa dúvidas sobre se o Dia da Libertação anunciado pelo presidente norte-americano em 1º de abril foi substituído pelo Dia da Capitulação. Não houve referência no comunicado da Casa Branca a outras queixas levantadas anteriormente sobre a China, incluindo a fraqueza do yuan.

Trump, que no Dia da Libertação afirmou que os EUA estavam sendo “saqueados, pilhados e estuprados por nações”, agora viu o comunicado elogiar “a importância de uma relação econômica e comercial sustentável, de longo prazo e mutuamente benéfica”.

A Xinhua, agência de notícias do governo chinês, fez uma análise do acordo. Falou que os dois países “mantiveram uma comunicação franca, aprofundada e construtiva em diversas áreas, alcançando uma série de consensos importantes e obtendo progressos substanciais. Isso marcou um passo crucial para a resolução de divergências por meio do diálogo e da consulta em pé de igualdade, lançando as bases e criando as condições para a superação de lacunas e o aprofundamento da cooperação”.

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“A China sempre adotou uma abordagem consistente e construtiva em seu relacionamento econômico com os Estados Unidos, buscando trazer os laços bilaterais de volta a uma trajetória estável e saudável por meio do diálogo e da consulta. De forma encorajadora, os Estados Unidos demonstraram disposição para se engajar nesse processo”, analisou a Xinhua.

“A convocação da reunião de alto nível China–EUA sobre assuntos econômicos e comerciais marcou um passo positivo nas relações China–EUA”, reportou a agência do governo chinês. “O mais importante é que ambas as partes abordem esta relação bilateral de maior importância no mundo com uma perspectiva de longo prazo e uma visão mais ampla, tendo em mente o bem-estar fundamental de seus povos e o panorama geral da paz e prosperidade globais.”

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As ações dos EUA fecharam em alta. O índice Dow Jones Industrial Average subiu 2,81%, para 42.410,10 pontos. O S&P 500 avançou 3,26%, para 5.844,19 pontos. O índice Nasdaq Composite saltou 4,35%, para 18.708,34 pontos. No Brasil, a Bolsa de Valores B3 operou em alta a maior parte do dia, mas fechou praticamente estável: +0,04%, aos 136.563,18 pontos.

O dólar valorizou-se no final do pregão de segunda-feira. O índice do dólar, que mede a moeda em comparação com seis principais pares, subiu 1,45%, para 101,788, às 19h GMT. No final do pregão de Nova York, o euro caiu para US$ 1,1089, ante US$ 1,1259 na sessão anterior, e a libra esterlina caiu para US$ 1,3180, ante US$ 1,3315 dólar na sessão anterior. No Brasil, o dólar teve alta de 0,53%, para R$ 5,685.

Com informações das agências de notícias Xinhua e Europa Press



Fonte Monitor Mercantil

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