União Europeia promete medidas duras contra tarifas dos EUA sobre aço e alumínio

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BRUXELAS — A chefe da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, prometeu nesta terça-feira, 11, que as tarifas dos Estados Unidos sobre aço e alumínio “não ficarão sem resposta”, acrescentando que elas desencadearão duras respostas do bloco de 27 países.

“A UE agirá para salvaguardar seus interesses econômicos. Protegeremos nossos trabalhadores, empresas e consumidores”, disse von der Leyen em uma declaração em reação à imposição de tarifas sobre aço e alumínio aplicada pelo presidente Donald Trump no dia anterior.

Trump assinou duas ordens executivas impondo uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio de todos os países.

Bandeiras de vários Estados-membros da União Europeia, com o símbolo do bloco ao fundo Foto: AFP PHOTO / PATRICK HERTZOG

“Tarifas são impostos — ruins para os negócios, piores para os consumidores”, afirmou von der Leyen. “Tarifas injustificadas na UE não ficarão sem resposta — elas desencadearão respostas firmes e proporcionais.”

Na Alemanha, lar da maior economia da UE, o chanceler Olaf Scholz disse ao parlamento que “se os EUA não nos deixarem outra escolha, então a União Europeia reagirá unida”, acrescentando que “no final das contas, as guerras comerciais sempre custam prosperidade a ambos os lados”.

Canadá, Brasil, México e Coreia do Sul são os principais fornecedores de aço para o mercado dos EUA e serão fortemente afetados pela medida, assim como o setor siderúrgico do Reino Unido.

Falando ao Parlamento Europeu, o Comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, disse que a UE “não vê justificativa para impor tarifas sobre nossas exportações”.

“Ao impor tarifas, os Estados Unidos tributarão seus próprios cidadãos, aumentarão os custos de seus próprios negócios e alimentarão a inflação”, disse ele.

A Câmara de Comércio Americana na UE anunciou também na terça-feira sua oposição à decisão de Trump, alertando que ela terá “um impacto amplo e esmagadoramente negativo nos empregos, na prosperidade e na segurança em ambos os lados do Atlântico. /AP e AFP



Fonte ONU

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