Celac reúne-se na quinta para tratar de deportações nos EUA

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Gustavo Petro (Foto: Jhon Paz/ Agência Xinhua)
Gustavo Petro (Foto: Jhon Paz/ Agência Xinhua)

A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) fará reunião de emergência na quinta-feira para tratar da questão das deportações, pelo governo norte-americano, de imigrantes ilegais. O encontro foi pedido nesse domingo pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e marcado pela presidente hondurenha Xiomara Castro, que também preside a Celac.

A reunião será feita em formato híbrido, mas Petro deverá participar de forma presencial em Tegucigalpa, capital de Honduras.

O pedido de Petro ocorreu depois de a Colômbia recusar a entrada de aviões militares norte-americanos, que levavam imigrantes colombianos deportados nesse domingo.

“Não posso fazer com que imigrantes fiquem em um país que não os quer, mas se esse país os devolve deve ser com dignidade e respeito com eles e com o nosso país. Em aviões civis, sem tratá-los como como delinquentes, receberemos nossos compatriotas”, escreveu o presidente em suas redes sociais, acrescentando que a Colômbia deve ser respeitada.

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Em resposta, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que taxaria, em 25%, produtos provenientes da Colômbia que sejam importados por seu país.

Ontem, o governo colombiano anunciou que o impasse entre os dois países foi superado. O chanceler colombiano Luis Gilberto Murillo viajará a Washington, para reuniões com representantes norte-americanos.

“Seguiremos recebendo os colombianos e as colombianas que retornam na condição de deportados, garantindo-lhes as condições dignas de cidadãos sujeitos a direitos”, diz nota divulgada pelo governo da Colômbia.

Segundo a nota, o governo da Colômbia colocou à disposição o avião presidencial para facilitar o retorno dos colombianos deportados. “A Colômbia reforça que serão mantidos os canais diplomáticos de interlocução para garantir os direitos, o interesse nacional e a dignidade dos nossos cidadãos”.

Ontem, Trump disse que vai impor medidas de retaliação à Colômbia, incluindo tarifas, sanções e proibições de viagem, depois que o país sul-americano recusou dois aviões militares dos EUA com migrantes que estavam sendo deportados como parte da repressão à imigração.

Segundo a Reuters, o presidente americano disse que a ação de Gustavo Petro, colocou em risco a segurança nacional dos EUA e orientou seu governo a tomar medidas de retaliação. Essas medidas incluem a imposição de tarifas emergenciais de 25% sobre todos os produtos que entram nos EUA, que subirão para 50% em uma semana; a proibição de viagens e a revogação de vistos para funcionários do governo colombiano e seus aliados; a imposição total de sanções emergenciais do Tesouro, bancárias e financeiras, e o aumento das inspeções de fronteira para cidadãos colombianos.

“Essas medidas são apenas o começo”, escreveu Trump no Truth Social. “Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais com relação à aceitação e ao retorno dos criminosos que eles forçaram nos EUA!”

A recusa da Colômbia em aceitar os voos é o segundo caso de um país latino-americano que recusa voos militares de deportação dos EUA. A decisão da Colômbia segue a do México, que também recusou um pedido na semana passada para permitir que um avião militar dos EUA aterrissasse com migrantes.

“Os EUA não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos”, escreveu Petro na postagem, observando que havia 15.660 norte-americanos sem status de imigração adequado na Colômbia.

Na noite de sábado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou o tratamento degradante aos brasileiros depois que migrantes foram algemados em um voo comercial de deportação. Na chegada, alguns dos passageiros também relataram maus-tratos durante o voo.

Além disso, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, cobrou respeito à dignidade dos 88 brasileiros deportados dos EUA com algemas no fim de semana, por determinação de Trump.

Em nota divulgada ontem, Pacheco disse que acompanhou o cenário com preocupação e ressaltou que situações degradantes e denúncias de agressões e maus-tratos não podem ser ignoradas.

“Acompanho com preocupação o tratamento dispensado pelas autoridades norte-americanas a brasileiros deportados. A decisão por um novo procedimento na política de imigração, que é um direito assegurado a todos os países, não pode vendar nossos olhos diante de situações degradantes e denúncias de agressões e maus-tratos. O respeito à dignidade humana é um conceito consagrado em um mundo civilizado e democrático.”

Com informações da Agência Brasil, citando a Reuters; e da Agência Senado



Fonte Monitor Mercantil

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