Airbus terá uma segunda linha de montagem final na China

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A fabricante europeia de aeronaves Airbus afirmou que manterá sua cooperação de longo prazo com a China em dimensões diversificadas da indústria da aviação, destacando os movimentos na produção de aviões e descarbonização, disse o CEO da Airbus, Guillaume Faury. “O que é incrível na China é sempre a energia, a velocidade, o otimismo e a capacidade de ir rápido. Isso é o que vemos no setor de aviação também”, disse Faury à Xinhua em uma entrevista durante sua visita a Pequim.

Ele revelou que a Airbus colocará em funcionamento uma segunda linha de montagem final para expandir a capacidade de produção da família de aeronaves de corredor único A320 em Tianjin, no norte da China. A nova instalação dará continuidade à parceria com a Aviation Industry Corporation of China e com parceiros locais.

Segundo a Agência Xinhua, a primeira iniciativa em Tianjin, a Linha de Montagem Final da Ásia (FALA, na sigla em inglês), começou a operar em 2008. A planta já montou mais de 600 aeronaves da família A320. A nova linha será flexível para a montagem final das aeronaves A320 e A321. O cronograma prevê o início das operações para o final de 2025, quando a Airbus terá 10 linhas do tipo em todo o mundo, e aproximadamente 20% de sua capacidade produtiva de aeronaves de corredor único estará na China.

“Estamos satisfeitos com a configuração e o ecossistema que temos aqui na China, em Tianjin, para a montagem de nossos aviões de corredor único”, disse Faury. Ele acrescentou que a Airbus decidiu continuar a investir e aumentar a instalação de produção na China, o que contribuirá para a ambição global da empresa de produzir 75 aviões da série A320 por mês até 2026. “Temos o ecossistema e os parceiros certos, além da capacidade de investimento para garantir as entregas. Isso é o que eu chamo de ecossistema, as condições para operar em um ambiente seguro e competitivo.”

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Até o final de 2022, a frota em serviço da Airbus na China excedeu 2.100 aeronaves. A produção localizada é vital para a presença da empresa no mercado chinês, de acordo com Faury. “A aviação na China tem crescido a um ritmo mais rápido do que no resto do mundo. É por isso que estamos felizes por estar aqui e contribuir para esse crescimento.”

A Airbus toma a digitalização e a descarbonização como os principais eixos de inovação, com a descarbonização na frente e no centro de suas prioridades, de acordo com Faury.

Memorando de entendimento

Durante sua visita a Pequim, a Airbus e o China National Aviation Fuel Group assinaram um memorando de entendimento para intensificar a cooperação na produção, aplicação e formulação de padrões comuns para combustíveis de aviação sustentáveis (SAF). A parceria visa otimizar a cadeia de suprimentos de SAF, diversificando as fontes e aumentando a produção de SAF.

A gigante aeroespacial europeia também espera se engajar na vitalidade da inovação da China.

Em meados de abril, a empresa lançará o Centro Chinês de Pesquisa da Airbus em Suzhou, no leste da China, em um esforço conjunto com governos e instituições locais. O centro se concentrará na infraestrutura de energia de hidrogênio, digitalização e outras tecnologias avançadas.

“Acreditamos firmemente no potencial do hidrogênio para trazer soluções descarbonizadas para a aviação.” Faury acrescentou que a empresa trará o primeiro avião a hidrogênio para o mercado até 2035. “Estamos apenas no início deste novo capítulo da história da aviação, e ainda há muito a ser decidido e definido.”

“A Airbus valoriza sua parceria com as partes envolvidas da aviação chinesa, e nos sentimos privilegiados por permanecermos um parceiro na formação do futuro da aviação civil na China”, disse Faury.



Fonte Monitor Mercantil

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